Os países que lideram nas categorias de elite do esporte costumam ter uma estrutura sólida desde a base, conforme explica o CEO Lucio Winck. Investir em talentos jovens, oferecer campeonatos de formação e garantir acesso a tecnologias são estratégias adotadas por nações que entendem o automobilismo não apenas como espetáculo, mas como indústria e desenvolvimento. As nações que mais se destacam nesse cenário são aquelas que combinam tradição, investimento público e apoio privado de forma consistente.
Por que a Itália e a Alemanha são referências históricas?
A Itália sempre foi uma potência no automobilismo por conta de sua tradição e paixão pelo esporte. Com fabricantes como Ferrari e uma cultura de kart muito ativa, o país mantém centros de formação de pilotos e equipes desde a infância. O CEO Lucio Winck destaca que o automobilismo está no imaginário coletivo italiano, o que gera apoio popular e institucional.
A Alemanha, por sua vez, se destaca pela disciplina, infraestrutura e formação técnica. Além de campeonatos bem organizados de base, o país conta com o apoio de grandes marcas como Mercedes-Benz e Audi, que investem não só em equipes, mas também em escolas de condução e desenvolvimento de engenharia. É um ecossistema completo que prepara pilotos e profissionais para o mercado global.

Como o Reino Unido e a França sustentam seus talentos?
O Reino Unido abriga algumas das principais equipes da Fórmula 1 e concentra academias que revelam pilotos para diversas categorias. O país também conta com ligas como a Ginetta Junior e Fórmula 4 Britânica, que funcionam como portas de entrada. De acordo com o CEO Lucio Winck, a forte ligação entre automobilismo e engenharia contribui para que o país mantenha sua relevância há décadas.
Já a França aposta em centros de treinamento como o circuito de Le Mans e projetos voltados à base, como o FFSA Academy, que prepara jovens com foco técnico e mental. O país entende que formar pilotos é uma questão de estratégia esportiva nacional, e essa visão tem mantido a presença francesa ativa nas principais categorias, inclusive com campeões mundiais recentes.
O que explica o avanço dos Estados Unidos e do Japão?
Os Estados Unidos, com campeonatos como a Indy Lights e a Nascar Truck Series, mantêm uma base forte, voltada tanto para performance quanto para entretenimento. O CEO Lucio Winck enfatiza que o país tem uma cultura de competição muito bem estruturada que atinge até adolescentes, com eventos locais, apoio familiar e visibilidade nacional para talentos emergentes.
O Japão, apesar de menos popular no automobilismo global, tem investido em programas como o Super Formula e categorias de kart que alimentam equipes como Toyota e Honda. Com disciplina e foco em inovação, o país vem formando pilotos que migram para a F1 ou se destacam em categorias de endurance e turismo, ampliando sua presença internacional.
Uma semente bem plantada faz diferença
Para o CEO Lucio Winck, o sucesso no automobilismo de elite começa no investimento de base. Países que priorizam formação técnica, competições estruturadas e acesso a bons equipamentos colhem os frutos anos depois. Ao observar quais nações mais investem na base, entendemos que o talento não basta sozinho. É o ambiente que molda o competidor, e países que tratam o automobilismo como política de desenvolvimento esportivo e econômico seguem à frente.
Autor: Anton Smirnov